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Quando decidi ir para Andalucia, logo fui procurar algo mais inusitado para visitar. E o que encontrei acabou sendo o eixo principal de minha viagem: as casas encravadas nas pedras de Setenil de La Frontera. Assim costumo organizar meus roteiros. Procuro o diferente e alinho com as passagens quase obrigatórias. Vou dividir este post em três partes, começando pela tradicional Sevilha.

Confira a a primeira parte de dicas de Andalucia aqui. Como sempre, viajamos no outono, quando as temperaturas são mais amenas, especialmente na caliente Andalucia.

Roja Sevilla

Fizemos São Paulo a Madrid e pegamos nossa conexão para Sevilha, de avião. Um pouco por conforto mesmo, para não ter que nos deslocarmos do aeroporto até a estação de trem. Mas a rota Madrid-Sevilha pela RENFE (empresa ferroviária espanhola) leva pouco mais de 2h30 horas e com a vantagem de estar em solo e poder apreciar a paisagem. Entretanto, pude fazer isso na volta de Córdoba para Madrid, mas esta é uma história para o terceiro capítulo.

Em tempo, sempre tenho comigo um bom guia, digital ou impresso. Aliás, adoro os da Lonely Planet e o de Andalucia me acompanhou durante toda a viagem. Além disso, faço muita pesquisa na internet, copy/paste em um textão que salvo em meu bloco de notas.

Certamente chegar em Sevilha já é um deslumbramento. Mas de cara cometemos um baita erro. Uma das dicas de Andalucia, não ha necessidade de alugar um carro. Pegamos o carro no aeroporto de Sevilha, entretanto, ele acabou estacionado todo o tempo em que ficamos lá. Bobagem grande. E dicas “do que não fazer” podem ser mais valiosas do que “o que fazer”.

Sevilha é uma cidade para se andar a pé, no máximo de ônibus, quando dá para sentir-se um pouco mais local. Aliás sempre que possível pego transporte público, pois dá para apreciar mais o dia a dia da cidade.

Tínhamos algumas dicas imperdíveis e entre estas a Bodeguita A. Romero. Antes, nos acomodamos no Meliá Colón, que além de ter a qualidade da rede, é muito pitoresco. Desse modo, as portas são pintadas com obras de artistas espanhóis, como Velasquez, entre outros. Além disso, é pertíssimo de tudo que importa.

Botecar, ou tapear, como diriam os espanhóis, é a grande pedida. Assim, logo na primeira noite, depois de toda a jornada, fomos a Bodeguita. Mas não se acanhe. Há inúmeros botecos para tapear. Ficamos 3 dias em Sevilha e fizemos tudo a pé, começando a noite, é claro, pelo Barrio Santa Cruz ou Juderia. Nossa primeira vista da Giralda e da Catedral foi das duas lindamente iluminadas.

Bora caminhar

No primeiro dia que acordamos em Sevilha seguimos em direção ao Metropol Parasol. Muito indicado nas dicas de Andalucia, e rende ótimas fotos. A construção, de acordo com o Lonely Planet, é chamada de Ferran Adriá (o grande chef estrelado espanhol) da arquitetura. Ótima comparação. Polêmico, o projeto foi idealizado para revitalizar a Plaza de La Encarnacion. Portanto, foi feito um concurso público e o arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann venceu. A obra iniciou em 2005 e foi concluída em 2012. É a maior estrutura de madeira do mundo. Apesar de que o resto os guias podem contar com mais detalhes. Divertimo-nos durante nossa caminhada, pois era como se todos haviam decidido casar-se naquele sábado. Assim sendo, vimos uns três casamentos e seus convidados paramentados.

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Casamento

Fomos até Basilica de Macarena, o Mosteiro de San Jeronimo. Voltamos, passando pelo Parque de Maria Luisa e fechamos na belíssima Plaza de España. Após quase 10km de sola de sapato, um merecido almoço no Ena. Aliás, como caminhamos feito andarilhos em nossas viagens, podemos abusar nas refeições após queimar muitas calorias.

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Plaza de España
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Ena restaurante

No segundo dia, nos dedicamos a Giralda, a Catedral e ao Alcazar. Nossa! Esta invasão dos mouros ao sul da Península Ibérica deixou incríveis tesouros. Por fim, à noite, um jantar com dança flamenca, super divertido.

No terceiro dia, antes de seguirmos viagem e descobrirmos dicas de Andalucia, passeamos pelo Arenal e Plaza del Toro. Dessa forma, Sevilha deixou um delicioso gosto de “quero voltar”. Já andei pensando em passar o fim de ano lá. Pode ser uma grande jogada, já que é baixíssima estação. Então, fiquei pensando…. Alugar um apartamento e viver como um sevilhano, sem pressa de visitar os pontos turísticos, apenas sentir a cidade. Talvez não tão efervecente como outras estações, mas com ótimas opções gastronômicas… quem sabe?

Paradas rápidas

Pé na estrada. Rápida parada em Jerez de La Frontera, espiada na catedral local. Logo depois, seguimos até Cadiz. Peixe e frutos do mar no almoço em um restaurante local e um passeio a beira mar com muito vento no rosto. Bora dirigir para o início de nossa parte mais esperada da viagem. Por fim, próxima parada, Vejer de La Frontera. Aguardem mais dicas de Andalucia.

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Cadiz
Flavia Sampaio

Sobre Flavia Sampaio

Aos 58 anos resolvi buscar inspiração na minha experiência jornalística quando jovem para registrar meus passeios. Curiosa, procuro destinos mais inusitados, principalmente na Europa, onde sempre estou em visita a minha filha que mora em Londres. Fotógrafa diletante, minhas escolhas passam por cenários diferenciados, quase sempre registrados no outono do hemisfério norte. Viajo sempre muito bem acompanhada de meu marido e, entre um clique e outro, reservo momentos para a boa gastronomia regados por uma taça de vinho.